domingo, 24 de janeiro de 2010

"Porque o céu não é de ninguem"


Ela estava ansiosa, apesar de tudo, era um dos dias mais importantes da sua vida.
-Rápido, não temos muito mais tempo. Não te esqueças de te perfumar com o perfume que eu tanto gosto e não te esqueças de vestir a blusa. A tua blusa verde escura, aquela para as ocasiões especiais.
-Mas porquê tanta pressa? É uma ocasião assim tão especial?
-Sim, e desta vez não nos podemos atrasar. Olha… leva aquele casaco, está frio lá fora.
-Que mistério que estás a fazer. Este casaco?
-Mas um mistério famoso. Sim, esse mesmo.
-Pronto! Estou bem?
-Digamos que não estás de todo mal, querido.
-Digamos que nem te vou agradecer, querida.
-Agasta-me o facto de quereres sempre estar bem, hoje eu compreendo mas amanhã quero que não te preocupes tanto com isso.
-Estás estranha. Gosto disso.
-Vamos?
E seguiram, no carro dela.
-Olha…
-É o melhor por do sol que já vi.
-Ainda falta muito?
Ela pára o carro.
-Que achas? valeu a pena?
-As cores... reflectem nos teus olhos.

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